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Partido trabalhista Portugues / AGIR

 


 

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COMPROMISSO PTP/AGIR

Chegados aqui, temos de agir. Já 400 mil portugueses, a chamada geração mais preparada de sempre, foram obrigados a sair do seu país para viver, quase um em cada dois jovens está desempregado - o número de pessoas sem trabalho ultrapassa em muito o milhão -, mais de metade dos cidadãos não vota e deixou a democracia nas mãos de muito poucos. Aos jovens foi roubado o futuro, aos mais velhos os frutos de uma vida de trabalho.

Portugal está cheio de listas VIP: todos temos de pagar impostos, excepto os muito ricos; a justiça tem mão pesada para os pequenos crimes e absolve os banqueiros. Roubar um pão dá prisão, desfalcar um banco, em muitos milhares de milhões de euros, é um pequeno acidente sujeito a salvamento pelos contribuintes. Os lucros são de muito poucos, os prejuízos são sempre nossos. Em Portugal é possível perder uma casa por uma dívida ao fisco de meia dúzia de euros, mas o primeiro-ministro pode-se esquecer de pagar à Segurança Social. O poder é corrupto, não porque os governantes e os empresários sejam todos maus rapazes, mas porque a lógica do sistema é corrupta. A base deste regime de “portas giratórias”, de grandes favores, de circulação entre política e empresas, de estabelecimento de parcerias público-privadas ruinosas é a imensa e crescente desigualdade entre o 1% que manda e os 99% que trabalham.

Existe um enorme consenso na sociedade portuguesa sobre a necessidade de acabar com a corrupção que mina a democracia; sobre a necessidade de defender os serviços públicos, que permitem uma maior igualdade de oportunidades, como o ensino público e o serviço nacional de saúde; sobre a necessidade de afirmar que são os cidadãos que devem decidir as condições económicas sob as quais vivem e não os negócios que comandam a política; sobre necessidade de acabar com a austeridade que enriquece os do costume; e, finalmente, sobre a necessidade de garantir que a democracia é de todos e não pode estar nas mãos de muito poucos. Sobre tudo isto, há uma ampla maioria social. É apenas necessário converter esta vontade colectiva em força política.

É possível e desejável eleger uma maioria e um governo que concretize esta urgência, mas para isso urge somar gente à democracia. Agir é esta vontade de somar. Não vimos para unir a esquerda, muito menos para a dividir, estamos aqui para dizer que perante a necessidade desta revolução democrática, as divisões entre esquerda e direita apenas nos enfraquecem. O poder do bloco central dos interesses existe porque nos encontramos divididos. De um lado, estamos muitos que sofremos com a austeridade e que pagamos a crise dos bancos deles; do outro lado, estão aqueles que mandam entre os bancos do poder e os lugares nos bancos. A sua força está na nossa incapacidade de somar gente à democracia. Agir é essa proposta: não interessa se és de esquerda, de direita, de centro, ou não te reconheces em lugar nenhum, o que interessa é a tua vontade de participar nesta ruptura popular e construir uma verdadeira democracia.

Propomos um programa mínimo que é simultaneamente uma mudança máxima: vamos fazer de Portugal uma democracia de todos e não um negócio para alguns.

É preciso agir nas próximas eleições, por isso vamos a votos. A forma que escolhemos foi a criação de uma candidatura conjunta e aberta. O Partido Trabalhista Português e vários activistas e movimentos sociais propõem a coligação AGIR aberta a todos e a todas que concordam com estes propósitos. É uma força que pretende todos os dias integrar mais gente. Nos próximos meses estaremos em todo o país para construir esta alternativa, para recolher os contributos e as ideias das pessoas, para somarmos os protagonistas desta mudança. 
Nas próximas eleições os portugueses poderão participar e votar numa candidatura plural encabeçada por Joana Amaral Dias. Todos somos necessários para agir. É este o compromisso colectivo que assumimos hoje.


 

  

 

 

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